PINA, o mesmo bairro que um há tempo atrás era lembrado por suas palafitas
pela miséria do povo. Hoje recebe as principais grifes de moda do planeta
Exclusividade, foco no público
alvo e sofisticação. Essas são algumas das metas do luxuoso mercado de moda que
aportou em Pernambuco nos últimos meses. Com isso o Recife vem se destacando no
cenário nacional como a única cidade do Nordeste a receber essas grandes marcas
internacionais. A chegada do RioMar Shopping, situado na zona sul,
inaugurado em 30 de Outubro de 2012 evidenciou a importância econômica da cidade. As inaugurações de lojas próprias de grandes grifes
italianas como a Prada, Empório Armani, e Dolce &
Gabbana fez a capital de Pernambuco
entrar na rota internacional do mercado de luxo.
Petrônio Carvalho, sub-gerente na
loja da Empório Armani, grife do estilista italiano Giorge Armani, diz que todas
essas opções se complementam e juntas consolidam a implantação desse tipo de
mercado na cidade “É muito importante ter lojas como a Prada, a Burbuerry e a Gucci por perto. Sem elas a Empório não sobreviveria” ressaltou.
Com todas essas marcas
concentradas em apenas um centro de compras o Recife começa a ser a grande
referencia da região nesse segmento. Marlon Felipe, vendedor na loja da Prada,
renomada grife de acessórios de luxo, diz que atende clientes de todo o
Norte/Nordeste. A chegada da marca ao estado, fez com que o consumidor que na maioria
das vezes comprava as peças apenas do exterior, passasse a comprar na loja, que
oferece opções de parcelamento em até 6x vezes, possibilitando mais comodidade
nas compras, porém ele confessa que as vendas parceladas são raridade. Segundo
o vendedor a vinda da Prada para Pernambuco foi decidida após a apresentação do
RioMar Shopping feita pelo empresário João Carlos Paes Mendonça em São Paulo.
A Dolce & Gabbana, que
inaugurou sua loja pernambucana no ultimo mês de janeiro, ainda tenta a
adequação dos seus produtos no mercado nordestino. A vendedora Marcela Caleari
frisa que a marca está procurando a identidade das mulheres locais.
“Estamos experimentando. A marca está estudando o mercado na questão da
numeração das roupas, assessórios e toda a demanda que o Nordeste pede.
Percebe-se que aqui as mulheres tem hábitos e estilo de vida diferente das
mulheres paulistanas eu vejo que no Recife o publico vem ao shopping para
passear em São Paulo é um pouco diferente, temos muitas mulheres executivas que
procuram um tipo roupa bem mais formal” analisou.
Todas essas as marcas já possuíam
filiais em São Paulo e algumas no Rio de Janeiro. Apostando no Nordeste e
focando no Recife como ponto estratégico de consumo. O dito mercado de luxo já
estaria firme em terras pernambucanas. Mas a adequação ao estilo de vida local
é um desafio para todas essas empresas.
Segundo os vendedores dessas
lojas o pernambucano tem procurado esse mercado de luxo na grande maioria das
vezes por já conhecer a marca e em algumas exceções busca a promessa
de exclusividade que esse segmento oferece. Petrônio Carvalho afirma que o
cliente local tem muito bom gosto “O pernambucano gosta de coisa boa e com
cultura. O nosso cliente e aquele que procura um produto diferenciado e de boa
qualidade, independente de valores.” analisou.
Questionados sobre as
perspectivas de futuro e como está sendo feita a propaganda local os
representantes dessas marcas tem buscando diversos meios de divulgação. Na
Empório Armani, por exemplo, uma das apostas é o publico “passante” que acabam conhecendo
a loja esporadicamente. A grife também investe na divulgação em redes socias e
no serviço de telemarketing feito pelos próprios vendedores. Uma festa para o
lançamento oficial da loja na cidade estaria programada para o próximo mês de
outubro. A Dolce & Gabbana que
inaugurou três novas lojas quase ao mesmo tempo no país, estaria otimista com
as perceptivas de futuro “O investimento foi feito, e não pretendemos desistir”
afirmou Marcela.
A inglesa Burbuerry marca muito
conhecida no mundo fashion foi a pioneira nesse novato mercado de luxo
recifense. Inaugurada junto com o Shopping a marca teria aberto o caminho para
as tantas outras grifes que abriram suas lojas logo em seguida. Luciana Braga
sub-gerente da única filial da marca no nordeste reforça a informação que
as parcerias entre com as outras lojas é fundamental e acontece de
maneira muito sadia entre os próprios funcionários, já que a clientela e
praticamente a mesma. Ela também ressaltou que a concentração dessas grandes
marcas de luxo em um mesmo espaço dinamiza o mercado, aumenta o fluxo de
pessoas e expande as opções compra para os clientes.
Outra característica importante
que diferencia as grifes que formam esse grupo é a questão das mesmas serem
lojas próprias. Contrastando com o crescente mercado de franquias que tem
forte tradição nos shoppings do Brasil. Todas essas marcas já citadas, são
filiais e a relação com as lojas sedes que geralmente estão situadas em países europeus
como a Itália e a Inglaterra é constante.
O padrão internacional é seguido
à risca. Um exemplo; o cliente que freqüenta a loja da Dolce & Gabbana em Milão na Itália, poderá encontrar o mesmo
padrão estético e os mesmos produtos que a loja italiana oferece estando na
filial do Recife.
Outras grandes marcas
internacionais continuam se instalando em Pernambuco. Este ano estão chegando a Louis
Vuitton, Valentino e muitas outras. Mesmo com as baixas vendas do comércio em
2014 e o risco de crise financeira no próximo ano. O mercado de luxo na
capital Pernambucana segue em expansão e
no que depender dos representantes comercias e vendedores dessas lojas esse
segmento só tende a crescer no estado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário